LYCEU RIO BRANCO (1)
A história do Instituto de Educação “Barão do Rio Branco”, tem início em 1926, quando convidado pelo Sr. Adalberto Netto, Prefeito Municipal de Catanduva e por outras pessoas de destaque nessa comunidade, a “Sociedade Lyceu Nacional Limitada”, de São Paulo, resolveu aqui fundar o “Lyceu Rio Branco de Catanduva”, um estabelecimento de ensino que pudesse corresponder ao singular e crescente progresso local e aos anseios da nossa riquíssima região. Tendo à frente dessa Escola o Dr. Antonio de Sampaio Dória, esse traçou um minucioso plano para formação da nova casa de ensino, alicerçando-a sobre sólidas bases científicas e práticas de molde a garantirem pleno êxito educativo ao empreendimento. Submetido esse plano à opinião do poder legislativo de Catanduva, houve este por bem dar inteiro apoio ao novo Instituto, que se efetivou pela lei municipal nº. 157, de 09 de junho de 1928. Assim, com a colaboração do poder público local, fundou-se essa escola em 1º de agosto de 1928, que haveria de se tornar um dos mais importantes colégios do interior paulista. A princípio, o Liceu funcionou na Rua Brasil, abaixo da Rua Aracaju, em edifício provisório, alugado pela municipalidade e adaptado às suas exigências mais urgentes. Lá havia várias salas de aula, com mobiliário adequado, um amplo dormitório, sala de refeições, pátio de recreio, oferecendo os seguintes Cursos: Primário, Ginasial, Normal, Comercial e de Datilografia. Era seu diretor o professor Aprígio Gonzaga e na Secretaria estava o professor Bruno Pieroni. Faziam parte do primeiro corpo docente os professores Aprígio Gonzaga, Bruno Pieroni, José Cardoso e Dinorah Silveira.
Em 23.10.1928 já funcionava com 60 alunos no Curso Primário e, pensando na expansão e no futuro, partiu-se para a construção de um grande e moderno edifício, na confluência das ruas Maranhão e Cuiabá, num amplo terreno, doado pela municipalidade, de cujo projeto encarregou-se gentilmente o professor Souza Campos, engenheiro e médico residente em São Paulo. O lançamento da pedra fundamental se deu em Sete de Setembro de 1928 e nessa ocasião o Dr. Sampaio Dória, presidente da Sociedade, ressaltou os propósitos do seu pequeno grupo de amigos que se congregaram pela instrução e educação da mocidade do Brasil. O que os dominava era a eficiência do ensino a todos e era isto o que queriam afinal os pais, quando mandavam seus filhos à Escola: corrigir-lhe os defeitos, suprir-lhes as faltas, melhorar suas qualidades, apurar as aptidões latentes para que triunfassem na vida. Disse que Catanduva era um milagre de energia criadora, que parecia ter surgido por obra de alguma vara mágica e que, de mãos dadas com a população, iriam construir aquele edifício, cumprindo com o dever para com a Pátria e trabalhando no combate sem tréguas à ignorância do povo, o mais insidioso de todos os inimigos sociais. Ao finalizar realçou que o homem não seria digno de si mesmo, se, no decorrer de sua vida, alguma coisa não fizesse pelo bem dos seus semelhantes.
Para a edificação do prédio que hoje abriga as instalações da FATEC, foi contratada a firma Catanduvense “Construtora Záccaro, Ninno & Destito” e sua inauguração ocorreu em 21.04.1932.
As fotos foram obtidas por Nelson Bassanetti em pesquisa junto com o diretor Lourival Lourenço nos arquivos do Instituto de Educação Barão do Rio Branco. O histórico foi baseado em pesquisa de Nelson Bassanetti em jornais da época e no livro “A história de Catanduva de “A a Z”. Livros e material escolar, foi cedido pelos familiares do Sr. Guido Girol que foi aluno daquela escola nos seus primórdios.
1931 - Foto tirada da frente do prédio em construção do antigo Liceu Rio Branco (atual Fatec)
1931- Foto tirada da Rua Maranhão vendo a parte dos fundos do prédio em construção do antigo Liceu Rio Branco (atual Fatec)