RETROSPECTIVA DO ANO DE 1941, TEM O FILME E O VENTO LEVOU
RETROSPECTIVA DO ANO DE 1941, TEM O FILME “E O VENTO LEVOU”
(O filme enfoca as paixões da sulista Scarlett pelo aventureiro Rhett, na época da Guerra de Secessão norte-americana)
Pesquisa de Nelson Bassanetti
Pretendendo realizar uma matéria do Guarani Futebol Clube, vasculhei o jornal “A Cidade” do ano de 1941 em busca de outros fatos e eventos que também marcaram aquele ano. O Presidente da República era Getúlio Vargas, o Governador do Estado, Adhemar de Barros e o Prefeito Municipal, João Lunardelli. No “Teatro República” durante dez dias os Catanduvenses assistiram ao filme “E o Vento Levou” um clássico épico romântico que tem como pano de fundo a guerra civil americana, filme em que tudo é memorável, desde a música de Max Steiner até os tremendos beijos entre Scarlett O’Hara (Vivian Leight) e Rhett Butler (Clark Gable), ela uma bela e arrogante sulista e ele um galã cínico e aventureiro. (https://www.youtube.com/watch?v=6vlaxXMRU0M) Houve a inauguração da “Casa de Saúde Dr. Smith”, (atual Edifício Mediterrâneo) e vários recitais onde destacamos: Raul Laranjeira (violino), Adolpho Tabacow e Célia Borges (piano), a apresentação do cantor Sylvio Caldas, do Circo Seyssel com o palhaço Arrelia e do Pavilhão Mazzaropi. Naquela época não precisávamos ir a Buenos Aires para vermos tango, eles aqui vinham como a Orquestra Argentina da Rádio Belgrano de Buenos Aires, que, com 15 elementos, realizou cinco apresentações no Cine República. Recebemos visitas ilustres como a de Cornélio Pires, humorista e orador e o Dr. Paulo de Lima Corrêa, Secretário da Agricultura. Mas a maior visita foi uma comitiva de 18 pessoas influentes da vida nacional, que voltando de Rio Preto, onde inauguraram uma herma de Ruy Barbosa, aqui chegaram em trem especial: O embaixador Macedo Soares, patrono da nossa biblioteca; Dr. João Mangabeira, político; Dr. Ataliba Nogueira, catedrático de direito de São Paulo; Dr. Lemos Torres, diretor da Faculdade Paulista de Medicina; Otaviano Alves de Lima, diretor do grupo Folhas; Dr. Afrânio de Oliveira e Ulisses Guimarães; entre outros, sendo recepcionados na Escola Normal Adhemar de Barros e no Rotary Clube, pernoitando no Hotel Acácio. Naquele ano, Vera Amaral Lima, foi Rainha da Primavera, Viviene Borelli, Rainha dos Estudantes e Elza Della Barba, Miss Catanduva. No futebol, o Palestra Futebol Clube (Palmeiras), Campeão Paulista de 1940, esteve aqui por duas vezes; em 16.02.41 ganhou de 5 a 0 do Guarani, inaugurando o estádio que recebeu o nome do médico Ângulo Dias (atual Senac), ex-presidente do Clube, falecido 12 dias antes em trágico acidente numa piscina em Novo Horizonte e em 07.12.41 ganhou de 1 x 0. Aqui também esteve jogando com o nosso ‘bugre’, o Santos Futebol Clube, havendo empate pela contagem mínima.
(Foto na Estação de Santos), 22/11/1941 – Time do Guarani Futebol Clube na Estação da Estrada de Ferro de Santos onde jogou contra a AA Portuguesa Santista e Espanha Futebol Clube. Participaram da delegação Catanduvense: Moacyr Lichti (chefe), João Martins (finanças), Antonio Filisbino e Synval Bittencourt (diretores), Carlos Merighe (jornal A Cidade), Vicente Martins, Hilário Destito, Dante Medalha, o juiz de direito Dr. Sebastião Vasconcelos Leme e os jogadores: Bugre, Edgar Ferreira (escritor e colaborador do Notícia da Manhã), Nelson, Rubens, Pelocha, Baiano, Santiago, Escobar, Hélio, Barcelona, Tatias, Cafelândia, Silvinha, Gute, Gaiola, Birigui, Rabelo (técnico) e Pedro Jorge (massagista).