Professor Anísio Borges
(Em Catanduva é assim)
Há alguns anos, uma alta autoridade do ensino de São Paulo convidou em vão o Professor Anísio Borges para que aceitasse uma transferência para dirigir a famosa Escola “Caetano de Campos” da praça da República, em São Paulo. Como não conseguiu persuadi-lo, exigiu uma explicação. O dedicado mestre Catanduvense, baiano de Carinhanha (1893), aqui desde 1921, deu sua explicação:: - “Não saio de Catanduva, porque em Catanduva minguem sofre sozinho”, e arrematou Carlito Machado nos seus ditos “Isto é Catanduva”. Matéria do Jornal “A Cidade” de 08.08.1965. Pesquisa de Nelson Bassanetti
Histórico: O Professor Anísio Borges nasceu em Carinhanha na Bahia em 1893 e faleceu em Catanduva em 1988. Chegou a Catanduva em 1921, foi alfaiate e tocou pistão nas orquestras dos Cines Central e República na época do cinema mudo. Era soldado constitucionalista da revolução de 1932. A partir de 1929, professor de música e canto orfeônico no Liceu Rio Branco e em 1934 professor de música na Escola Normal Dr. Adhemar de Barros, com seu orfeão, se apresentou em várias cidades do interior e na capital e foi autor de várias composições musicais destacando-se “Hino da Despedida”, “Hino às Árvores” e “Laço de fita”. Classificado em primeiro lugar no concurso de ingresso para provimento efetivo nas vagas existentes no magistério em 1943 e integrante da banca examinadora do concurso para ingresso ao magistério em 1949; professor do Instituto de Educação Barão do Rio Branco de 1934 a 1963 e diretor de 1958 a 1963, professor do Ginásio Catanduva durante 30 anos e do Colégio Nossa Senhora do Calvário por 12 anos, instalou a Escola Estadual Nicola Mastrocola, dirigindo-a por 6 meses. Auto ditada cursou apenas os 4 anos da escola primária. É nome do diretório acadêmico da Faeca. Foi casado com a professora Dinorah da Silveira Borges (1895/1968) - Pesquisa no livro "A História de Catanduva de A a Z".