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Sociedade - 06/12/2020

Falecimento de João Dalto Sobrinho

27.11.2020 - Amigos, boa tarde, lamento comunicar o falecimento do meu amigo e irmão, o empresário JOÃO DALTO SOBRINHO, proprietário de A MUSICAL, da DICOPEL EMBALAGENS, co-propritário da NEPAR, da INTERATIVA e do CENTRO EDUCACIONAL INTERATIVO (COC), causa de complicações do Covid 19. O velório será a partir das 17 horas no Cemitério Monsenhor Albino e o sepultamento será amanhã às 9,00 horas no Cemitério Nossa Senhora do Carmo. Meus sentimentos aos seus familiares

Palavras de Monize Zampieri

Perdi meu sogro na última sexta-feira (27). Sua morte doeu em mim muito mais do que eu poderia imaginar. Doeu ver o sofrimento da minha sogra. Doeu ver o sofrimento dos meus cunhados. Doeu ver a tristeza da família inteira, dos amigos, dos colegas e dos funcionários dele. Mas doeu, ainda mais, ver a dor do meu marido. Doeu e vai continuar doendo... até que a ferida cicatrize, até que a dor se transforme em saudade. Mais do que um sogro,João Dalto Sobrinho era referência para mim em muitas coisas. Ou melhor, continuará sendo. Um pai exigente e responsável. Um marido fiel. Um homem família. Adorava as netas. Ah como foi difícil contar para a Mel que o “vovô João” foi morar com o Papai do Céu... que todas as orações que ela fez, nas últimas semanas, não tinham sido suficientes “para curar o vovô João”. Não foi apenas difícil devido a idade dela, mas pelo amor que ela sente por àquele vovô tão brincalhão. Afinal, ela não o ouviria mais pedindo a metade da mamadeira, não o ouviria mais a chamando de “rainha de Ribeirão”, não saltaria mais para abraçá-lo apertado. Como explicar tantas coisas para uma criança questionadora, se nem nós, adultos, estávamos conformados?!? Se nem a nossa ficha tinha caído... Aliás, ainda não caiu. Em um mês, vimos o improvável acontecer, vimos que nem sempre o frágil é realmente o mais frágil, que nem sempre o forte é tão forte, vimos que a gente desconhece totalmente os planos de Deus. Fiquei muito em dúvida sobre escrever aqui o que passamos nos últimos dias, afinal meu sogro sempre foi muito discreto (por sinal essa foto deve ter uns três anos), assim como a maior parte da família Dalto. Por fim, conclui que me faria bem dividir com vocês um pouco do meu sofrimento e da minha admiração por ele. Um líder. Um empresário visionário. Uma pessoa prática, inteligente, simples e de poucas palavras. Pelo menos quando nosso assunto não era sobre política. Talvez a política tenha sido nossa maior afinidade. Foram muitas as conversas tomando uma cervejinha. Revivi muitas delas nos últimos dias. Nem sempre concordamos, mas sempre respeitamos a visão um do outro. Voltando para Ribeirão Preto, neste domingo, lembrei de várias conversas nossas. Quem o conheceu sabe como ele era dedicado ao trabalho, como sua rotina era intensa. O que não sei se todos sabem é o quanto tudo era prazeroso para ele, como ele amava tudo o que fazia, como ele lutou para construir tanta coisa. Há um ano aproximadamente, eu disse à ele que estava contando os dias para minhas férias, que não via a hora que descansar por 30 dias. Não lembro exatamente as palavras que ele usou, mas foi algo tipo: Deus me livre. Não me recordo, ao longo de mais de 20 anos de convivência, de ele ter ficado mais de uma semana longe de sua intensa rotina de trabalho. Viagens curtas ao longo do ano e a leitura sempre me pareceram seu jeito de desestressar. E quanta leitura! Apesar de ser jornalista, acredito que eu não tenha lido um terço de tudo o que ele já leu nos últimos anos. Sempre admirei seu gosto pelo saber. Refletindo bem, talvez ele tenha influenciado bastante no meu gosto pela política e pela culinária. Certamente os almoços de domingos nunca mais serão os mesmos sem o “seu João” cozinhando. E por falar em leitura, todos comentários que li sobre o falecimento do meu sogro me mostraram que a admiração que sinto por ele é compartilhada por muita gente, assim como o número de coroas de flores do velório. Merecidamente seu nome ficará marcado na história de Catanduva. Me conforta enxergar no meu marido e nos meus cunhados as principais virtudes dele. Do meu sogro e da minha sogra. É fato: ao lado de um grande homem, há sempre uma grande mulher. Peço a Deus que dê muita força à ela e à eles de agora em diante. Acredito que quando o alicerce é bem feito, mesmo sem um dos principais pilares, o prédio se mantém firme. Descanse em paz, seu João! Obrigada por tantas lições. Tenho certeza que já está num lugar lindo. Tenha certeza que sempre estará em nossos corações.

Artigo de José Carlos Buck sobre JOÃO DALTO SOBRINHO                                       

O João se foi há uma semana, vitimado pelas complicações do Covid-19. É claro que muitos Joãos, possivelmente também se foram no mesmo dia e,  em tantos outros dias. A diferença é que  o João a quem a coluna rende homenagens hoje, além de empresário bem sucedido e gerador de inúmeros empregos na cidade,  era um ser humano diferenciado – ponderado, sério, discreto,  equilibrado, calmo,  cortês, sensato, visceralmente honesto, dedicado à família  e comprometido com as entidades as quais pertencia por décadas, sempre dignificando-as, dentre elas a ACE e Loja Maçônica Restauradora 111. Seguramente muitos outros adjetivos poderiam ser acrescentados, mas essa tarefa fica por conta dos amigos e daqueles que com ele tiveram a alegria e o privilégio de conviver e compartilhar do seu jeito João de ser.   No seu velório, onde faltava lugar para estacionar, mas sobrava solidariedade à família, sua esposa enlutada Marilena,  ao ser cumprimentada, observou que, em outros povos os mortos não são velados tal como aqui. De fato, em muitas culturas fazem até festa, como  no México,  no Japão e, em muitos países da Ásia e do Oriente. Isso faz lembrar um texto maravilhoso escrito pelo rabino Henry Sobel, quando da morte do governador Mario Covas. E, é  com ele, que a coluna rende homenagens ao João e oferece solidariedade a toda a família. – “Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menos. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram. Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte certamente exclamará: “Já se foi”. Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: “Já se foi”, haverá outras vozes, mais além, a afirmar: “lá vem o veleiro”!!! Assim é a morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: “Já se foi”. Terá sumido? Evaporou? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser amado continua o mesmo, suas conquistas persistem dentro do mistério divino. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita. E, é assim que, no mesmo instante em que dizemos: “Já se foi”, no além, outro alguém dirá: “Já está chegando”. Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a vida. Na vida, cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julga desnecessário. A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Assim, um dia, todos nós partiremos como seres imortais que somos,  todos nós ao encontro daquele que nos criou.” O seu legado pode ser resumido numa frase –  um homem que fez acontecer no seu tempo,  construindo uma trajetória e um histórico de virtudes e bons exemplos. E, isso não é pouco! O João se foi num momento em que o mundo,  vivendo tantos conflitos, aflições, intolerâncias e incompreensões, mais precisava da sua serenidade e sabedoria.  Contudo, certamente ele se foi sem nunca ter ido, porque,  além de venerado estará eternizado no coração daqueles  que aprenderam a admirá-lo e a amá-lo.   Como profetizou um dia, Públio Cornélio Tácito ou Caio Cornélio Tácito – 56 – 120 d.C(historiador e senador Romano), “O tumulo dos mortos é o coração dos vivos”.

 

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