Início          1946 - Estréia da Orquestra Sinfônica de Catanduva
Música - 24/02/2016

1946 - Estréia da Orquestra Sinfônica de Catanduva

Nelson Bassanetti

“Os nossos melhores momentos da vida geralmente são rápidos, e normalmente marcantes!  Saibamos aproveitá-los, pois eles podem voltar, mas nunca serão os mesmos”.          

No dia 20.10.1945 um grupo de pessoas se reuniu na casa do Sr. Américo Roque, sito à Rua Espírito Santo, n º 45, no sentido de se montar uma orquestra sinfônica  em Catanduva. Para bem nortear seus passos, foi montada uma Diretoria composta com os seguintes elementos: Dr. Sílvio Salles, prefeito municipal e presidente honorário; Dr. Antonio Záccaro, presidente; Dr. Sidney Delcides de Ávila, vice-presidente; Armando Joel Nelli, 1º secretário; Acácio Marson, 2º secretário; Américo Roque, tesoureiro; coadjuvados pelos Srs. Anísio Borges, Mayr Godoy e Fuad Cassis. Iniciando  com poucos músicos que depois  foram aumentando, esses artistas amadores todas as noites,  com um espírito de cooperação dignos de registro,  foram treinando sob a batuta do Sr. Alfredo Morábito,  aprimorando-se dia após dia nos ensaios das peças para a primeira exibição. Executando os instrumentos, tínhamos os seguintes músicos idealistas: pianista – Palma Iride Roque Rogério; violinos - Miguel Varga, Alfredo Capalbo, Floris Buchi, Pedro Gabriel, Domingos Tucci, Sebastião de Arruda Lima, Jaime Gonçalves Salgado, Paulo Bolívar, José de Paulo, Gamaliel Silva, Paulo Morábito, Edie Frei, Rafael Striglia, Israel Pimentel Damasceno, Michel Jorge, Mário Geraldi e Jorge Jamus; violoncelo-Antônio Ignácio Martins; contrabaixo - Guido Macrine; flautas: Jorge Julien e Mário Pozetti; clarinetas -Vitório Pigão, Luiz de Souza e Roberto Miranda; pistões - Antônio Garcia e Eldo Panza; trombones - Reinaldo Queiroz e Antônio Rutta; trompas - Hugo Tricca e Luiz Barrionuevo; baixo-tuba - Lindolfo Tavares Silva; tímpanos - Francisco Corsi; pratos - Jovino Porto da Silva.

No dia 26.03.1946, a “Orquestra Sinfônica de Catanduva” fez sua  primeira apresentação no palco do Cine Teatro República (atual Bradesco),  às 21,30 horas logo após a sessão cinematográfica apresentando o seguinte  repertório: 1ª parte: 1)Ouverture da ópera “Le calife de Bagdad” de F.A.Boideau, 2)Tema do conserto em si bemol de Tchaikovsky, 3)Valsa da ópera ”Joie envoée” de Waldteufel, 4)Intermezzo da opera “Cavaleria Rusticana” de Mascagni. 2ª parte: 1)Ouverture da opera “Nabucodonosor” de Verdi e 2)Pout porri da ópera “O Guarani” de Carlos Gomes.

Na abertura o Dr. Ítalo Záccaro relatou sobre esse cometimento da cidade pedindo o auxílio e a colaboração de todos e depois, precedendo a execução de cada número, o locutor Fuad Cassis, gerente da Rádio Difusora, procedia à leitura de breves explicações sobre a peça, a escola seguida pelo autor, dados biográficos, etc. 

Um grande público apreciador da “música fina”   lotou as dependências do cinema, não cansando de dar os seus calorosos aplausos ao louvável conjunto da Sinfônica, premiando assim, os esforços e sacrifícios dos seus integrantes, cuja finalidade precípua teve por alvo cultuar a arte e elevar o nome de Catanduva. As páginas musicais tocaram a todos desde a música ligeira à clássica sinfonia, desde a serenata dolente à beleza das transformações dos movimentos, na riqueza das harmonias de “O Guarani”.

Bastidores: A nossa Sinfônica era composta por 40 músicos que treinaram por 5 meses. O grupo era heterogêneo tendo elementos de diversas profissões, todos  desempenhando suas funções, cientes das  responsabilidades, respeitando um ao outro  visando o sucesso coletivo. Os sacrifícios para reunir esses amantes da música eram  incontáveis. Há os que residiam em cidades vizinhas, viajando de jardineira, outro que comprou um cavalo para chegar ao ponto da estrada onde pega a condução e muitos outros que roubavam horas de sua ocupação para se dedicar a música. Os ensaios eram das 20,00 às 23,00 horas e todos assinavam “O Livro de Ponto”, não para ter direito a vencimentos, que não existiam, mas para atestar  o compromisso e seu gosto pela arte de Carlos Gomes.

 Pesquisa jornal “A Cidade” arquivo Museu Pe. Albino.   

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