1959 Carnaval na Rua Brasil
A foto foi tirada abaixo do "Café da Esquina", em frente dos restaurantes "A Toca", lado esquerdo e "Paulicéia", lado direito, mostrando o Carnaval descontraído, sem amarras, e o povo não resistindo, compartilhava momentos de alegria e emoção, caindo no samba, independente da cor, classe e religião.
Olhe que texto bem montado mostrando como foi o Carnaval no período da Segunda Guerra
O de 1943 não esteve a contento: .... O Carnaval passou, passou por aí como um vendaval, furioso, querendo arrastar em sua passagem tudo o que encontrou. Passou por aí desenxabido, desajeitado e desapareceu este ano. Ele não conseguiu como das outras vezes, convencer, contagiar, subjugar. Veio sorrateiro, titubeante e se alojou tímida e esparsamente por aí. Até parece que ele quis respeitar a dor, a melancolia e a tristeza que iam por esse mundo afora. Parece que o Momo, naquela sua imensa e ridícula figura, sentiu um pouco do muito que os povos sofrem nestes dias angustiosos, e não sorriu, e, se sorriu, o seu sorriso não foi amplo, total e completo, como sempre tem sido. Havia no fundo daquela carcaça brutal e dantesca algo de diferente, de misterioso e incompreensível. Havia um misto de riso e dor, naquelas bochechas escancaradas. Em 1944, o Carnaval foi, como se dizia, “Xavier”, incalculável multidão para ver ...nada ..
Pesquisa de Nelson Bassanetti no Jornal “A Cidade” – Arquivo do Museu Padre Albino.